quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Animismo Natural e Vicioso


Animismo Natural



No âmago dos percalços e distúrbios que podem acompanhar o médium ou aquele que deseja ser médium mas não o é, encontraremos o animismo natural.

Recorrendo-se à etimologia, veremos que anímico refere-se às coisas da Alma. Deduz-se que animismo é o fenômeno referente às manifestações do próprio indivíduo, isto dentro do mediunismo, é claro.

Nos momentos em que se inicia o saber dentro do mediunismo pode haver uma fase que, em geral, está presente, a qual denominamos de animismo natural. O próprio vocábulo autologicamente se define. Sim, diz que é natural, e se é natural é porque faz parte da normalidade dentro da mediunidade. Ao contrário do animismo vicioso e da ficção anímica, que são fenômenos anormais, o animismo natural é normal.

Repetimos, pois muitos candidatos a médiuns, ansiosos, perdem grandes chances mediúnicas, pois colocam-se – ou colocam-lhes – em suas cabeças que o que eles recebem não é nada, e sim animismo. Muito difundido atualmente, mas pouquíssimo entendido. O animismo natural faz parte do mediunismo sadio. É um indício sadio de que a mediunidade e o médium estão sãos.

O animismo natural é necessário como amortecedor e alentecedor de freqüências vibracionais do espírito comunicante em relação ao seu médium. Aqueles solavancos, aqueles tremores e mesmo determinados gritos são combinações fluídicas entre médium e mentor, até ajustar-se bem o complexo mediúnico.

É natural nessa fase o médium sentir tonturas, tremores, suores pelas mãos, ansiedade e uma certa euforia. Também é natural o grau de consciência nas manifestações. Em geral, no início, é como se estivéssemos testando um transmissor de válvulas, como nos antigos fonógrafos ou rádios. Estes, quando as válvulas esquentavam, iniciavam a transmissão. É mais ou menos isso que acontece com o médium quase consciente; tem uma semi-inconsciência  de uns 10%. Com o tempo, com o exercício mediúnico, sobe para 20%, 30%, até 90% (raríssimo), que é o máximo para um médium semi-inconsciente como também é raro o inconsciente total, pois para o Movimento Umbandista não é o ideal, em virtude de ter muita passividade, acarretando, no momento atual, grande dificuldade para seus protetores livrá-los dos constantes assédios de marginais do submundo astral.

Em geral, esses médiuns estão debaixo de um karma duríssimo, pesadíssimo, sendo a mediunidade o último remédio. São médiuns probatórios (em maior número, pois há também os semi-inconscientes) assistidos pelos protetores, verdadeiros obreiros – operários da Seara Umbandista. Assim não vemos porque muitos médiuns excelentes, quando se lhes perguntam se são inconscientes, nem esperam a pergunta acabar e já respondem que sim.

Mas, porque?

Pois ainda desconfiam dos outros, e como não querem que outros desconfiem de si, dizem que sim...O pior é que sempre se traem, algo até provocado pelas entidades, pois já foram informados pelas mesmas que são bons médiuns, seus trabalhos produzem os resultados esperados, não tendo porque mentir.

Os médiuns devem acreditar mais em si mesmos e deixar os outros... No mediunismo quase todos são iguais.

A par disso, o Movimento Umbandista é muito simples, de verdade, aceita a todos como são e seu mediunismo na mecânica de incorporação é semi-inconsciente, podendo ser utilizado em 40% a 90% de sua consciência. Mas utilizados de outras possibilidades medianímicas, como a clarividência, a sensibilidade psico-astral, e a que não pode enganá-lo nunca, a dimensão-mediunidade.

Quem não é médium não pensa nisso, pois só quer receber esse ou aquele espírito, mas quem de fato o é, tem receio de estar mistificando ou estar manifestando a sua vontade. Não é assim. Não guarde esse drama dentro de sua consciência. Procure primeiro aquele que lhe oriente, e se ele não souber, procure quem saiba, ou quem pelo menos tenha como suporte um Cabloco ou um Preto-Velho verdadeiros, e eles o orientarão.

O bom médium é aquele que permite às entidades se manifestarem mediúnicamente, pois moral e energeticamente se encontra bem preparado, entrando em perfeita comunhão vibracional com aquelas, cedendo sua indumentária etéreo-física. Quando dizemos que o médium cede sua indumentária, não quer de dizer que seja cedido em 100% ou totalmente. As entidades não podem utilizar o médium integralmente, vista a altíssima resistência, que o impede de ceder completamente sua máquina carbônica, pois caso assim acontecesse, seu corpo físico se ressentiria de tal forma que poderia desequilibrar-se e em poucas horas ou minutos levaria o médium à morte.

É por isso que dizemos que quando o médium está bem incorporado (70%) que, quando começa a passar 3 horas de trabalho mediúnico, a Entidade de Guarda do médium já lhe dá determinados balanços, avisando que já está se colocando em risco a saúde energética do médium. Assim, após limpeza e energização potente de certos chakras, a entidade atuante se retira, é retirada a incorporação e assiste ao médium por uns 30 minutos.

Quando a entidade necessita de mais tempo de incorporação, apesar dela achar perigoso, ela solta e pega o médium. Pega o médium e a cada 10 minutos solta-o – isto quando passar de 5 horas de incorporação. E nesse momento que é do plasma anímico que a entidade se vale no 1 minuto que solta o médium.
Reitera-se em dizer que o Animismo Natural é normal, necessário ao bom desempenho da faculdade medianímica. Com o passar dos tempos se reduz, mas jamais se extingue totalmente. As entidades mesmas utilizam o animismo natural e sua projeção vibracional em favor do próprio médium, em favor dos processos sutis da alta espiritualidade.







Animismo Vicioso





Além do animismo natural, que vimos ser normal, temos o animismo vicioso, o qual é muito prejudicial, à saúde física e mental daquele que, de todas as maneiras, quer ser médium mas não trouxe a tarefa mediúnica dentro do seu karma.

Infelizmente, eles não querem saber, já dizem que quem assim lhes fala não sabem nada, ou é porque têm inveja de suas Entidades ou de suas pretensas capacidades mediúnicas. Além de se prejudicarem, prejudicam a muitos, pois, como só poderia ser, suas consultas são confusas, atravessadas e totalmente desconexas. Realmente são suas consultas, não do Mentor Espiritual, pois ele não existe.

As Entidades não querem ser vendilhões de ilusões e trazer-lhes desilusões e tristezas, portanto vamos tentar esclarecer o que for possível.

Mas, como seria em sua manifestação o animismo vicioso? Como dissemos, a dita manifestação mediúnica do pretenso médium é, em verdade, a manifestação que ele deseja ser de um mentor, o qual ele projetou através de sua mente excitada e de seus centros anímicos com sobrecargas várias. Pode manifestar pseudo-entidades, que só existem mesmo na sua cabeça. Difere-se dos anímicos naturais, pois eles têm sempre dúvidas e as colocam para discussões, enquanto esse outro não.

Embora tenha duvidas cruéis, não quer dar o braço a torcer, não quer expor seus tristes dramas de consciência. Quando lhe falam sobre esse assunto, por simples defesa, diz que com ele essas coisas não acontecem e que suas entidades são de altíssima relevância no movimento em que atuam. Diz que suas entidades acham-no grande, perfeito, melhor que seus outros irmãos, ao ponto de afirmar que ele mudaria os padrões sociais e morais da Humanidade...

Como podem observar esses médiuns tornam-se vaidosos, egoístas e orgulhosos, como forma de defesa psíquica. Mas seus travesseiros, testemunhas mudas, ouvem muitas e atrozes dores e decepções. Muitos deles caminham para as doenças mentais, para as atitudes estranhas e insólitas, para os tóxicos e o alcoolismo.

Muitos anímicos viciosos abrem por orgulho ou vaidade, seu terreiro, e, como não têm supervisão superior, supervisionam-nos os mais deletérios espíritos do submundo astral. Ativam-lhe, exacerbam seus mentais, decuplicando o animismo vicioso e fazendo-os cometer verdadeiros crimes.





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