Animismo Natural
No âmago dos percalços e distúrbios que podem acompanhar o
médium ou aquele que deseja ser médium mas não o é, encontraremos o animismo
natural.
Recorrendo-se à etimologia, veremos que anímico refere-se às
coisas da Alma. Deduz-se que animismo é o fenômeno referente às manifestações
do próprio indivíduo, isto dentro do mediunismo, é claro.
Nos momentos em que se inicia o saber dentro do mediunismo
pode haver uma fase que, em geral, está presente, a qual denominamos de
animismo natural. O próprio vocábulo autologicamente se define. Sim, diz que é
natural, e se é natural é porque faz parte da normalidade dentro da
mediunidade. Ao contrário do animismo vicioso e da ficção anímica, que são
fenômenos anormais, o animismo natural é normal.
Repetimos, pois muitos candidatos a médiuns, ansiosos,
perdem grandes chances mediúnicas, pois colocam-se – ou colocam-lhes – em suas
cabeças que o que eles recebem não é nada, e sim animismo. Muito difundido
atualmente, mas pouquíssimo entendido. O animismo natural faz parte do
mediunismo sadio. É um indício sadio de que a mediunidade e o médium estão
sãos.
O animismo natural é necessário como amortecedor e
alentecedor de freqüências vibracionais do espírito comunicante em relação ao
seu médium. Aqueles solavancos, aqueles tremores e mesmo determinados gritos
são combinações fluídicas entre médium e mentor, até ajustar-se bem o complexo
mediúnico.
É natural nessa fase o médium sentir tonturas, tremores,
suores pelas mãos, ansiedade e uma certa euforia. Também é natural o grau de
consciência nas manifestações. Em geral, no início, é como se estivéssemos
testando um transmissor de válvulas, como nos antigos fonógrafos ou rádios.
Estes, quando as válvulas esquentavam, iniciavam a transmissão. É mais ou menos
isso que acontece com o médium quase consciente; tem uma
semi-inconsciência de uns 10%. Com o
tempo, com o exercício mediúnico, sobe para 20%, 30%, até 90% (raríssimo), que
é o máximo para um médium semi-inconsciente como também é raro o inconsciente
total, pois para o Movimento Umbandista não é o ideal, em virtude de ter muita
passividade, acarretando, no momento atual, grande dificuldade para seus
protetores livrá-los dos constantes assédios de marginais do submundo astral.
Em geral, esses médiuns estão debaixo de um karma duríssimo,
pesadíssimo, sendo a mediunidade o último remédio. São médiuns probatórios (em
maior número, pois há também os semi-inconscientes) assistidos pelos
protetores, verdadeiros obreiros – operários da Seara Umbandista. Assim não vemos
porque muitos médiuns excelentes, quando se lhes perguntam se são
inconscientes, nem esperam a pergunta acabar e já respondem que sim.
Mas, porque?
Pois ainda desconfiam dos outros, e como não querem que
outros desconfiem de si, dizem que sim...O pior é que sempre se traem, algo até
provocado pelas entidades, pois já foram informados pelas mesmas que são bons
médiuns, seus trabalhos produzem os resultados esperados, não tendo porque
mentir.
Os médiuns devem acreditar mais em si mesmos e deixar os
outros... No mediunismo quase todos são iguais.
A par disso, o Movimento Umbandista é muito simples, de
verdade, aceita a todos como são e seu mediunismo na mecânica de incorporação é
semi-inconsciente, podendo ser utilizado em 40% a 90% de sua consciência. Mas
utilizados de outras possibilidades medianímicas, como a clarividência, a
sensibilidade psico-astral, e a que não pode enganá-lo nunca, a
dimensão-mediunidade.
Quem não é médium não pensa nisso, pois só quer receber esse
ou aquele espírito, mas quem de fato o é, tem receio de estar mistificando ou
estar manifestando a sua vontade. Não é assim. Não guarde esse drama dentro de
sua consciência. Procure primeiro aquele que lhe oriente, e se ele não souber,
procure quem saiba, ou quem pelo menos tenha como suporte um Cabloco ou um
Preto-Velho verdadeiros, e eles o orientarão.
O bom médium é aquele que permite às entidades se
manifestarem mediúnicamente, pois moral e energeticamente se encontra bem
preparado, entrando em perfeita comunhão vibracional com aquelas, cedendo sua
indumentária etéreo-física. Quando dizemos que o médium cede sua indumentária,
não quer de dizer que seja cedido em 100% ou totalmente. As entidades não podem
utilizar o médium integralmente, vista a altíssima resistência, que o impede de
ceder completamente sua máquina carbônica, pois caso assim acontecesse, seu
corpo físico se ressentiria de tal forma que poderia desequilibrar-se e em
poucas horas ou minutos levaria o médium à morte.
É por isso que dizemos que quando o médium está bem
incorporado (70%) que, quando começa a passar 3 horas de trabalho mediúnico, a
Entidade de Guarda do médium já lhe dá determinados balanços, avisando que já
está se colocando em risco a saúde energética do médium. Assim, após limpeza e
energização potente de certos chakras, a entidade atuante se retira, é retirada
a incorporação e assiste ao médium por uns 30 minutos.
Quando a entidade necessita de mais tempo de incorporação,
apesar dela achar perigoso, ela solta e pega o médium. Pega o médium e a cada
10 minutos solta-o – isto quando passar de 5 horas de incorporação. E nesse
momento que é do plasma anímico que a entidade se vale no 1 minuto que solta o
médium.
Reitera-se em dizer que o Animismo Natural é normal,
necessário ao bom desempenho da faculdade medianímica. Com o passar dos tempos
se reduz, mas jamais se extingue totalmente. As entidades mesmas utilizam o
animismo natural e sua projeção vibracional em favor do próprio médium, em
favor dos processos sutis da alta espiritualidade.
Animismo Vicioso
Além do animismo natural, que vimos ser normal, temos o
animismo vicioso, o qual é muito prejudicial, à saúde física e mental daquele
que, de todas as maneiras, quer ser médium mas não trouxe a tarefa mediúnica
dentro do seu karma.
Infelizmente, eles não querem saber, já dizem que quem assim
lhes fala não sabem nada, ou é porque têm inveja de suas Entidades ou de suas pretensas capacidades mediúnicas. Além de
se prejudicarem, prejudicam a muitos, pois, como só poderia ser, suas consultas são confusas, atravessadas e
totalmente desconexas. Realmente são suas
consultas, não do Mentor Espiritual, pois ele não existe.
As Entidades não querem ser vendilhões de ilusões e
trazer-lhes desilusões e tristezas, portanto vamos tentar esclarecer o que for
possível.
Mas, como seria em sua manifestação o animismo vicioso? Como
dissemos, a dita manifestação mediúnica do
pretenso médium é, em verdade, a
manifestação que ele deseja ser de um mentor, o qual ele projetou através de
sua mente excitada e de seus centros anímicos com sobrecargas várias. Pode
manifestar pseudo-entidades, que só existem mesmo na sua cabeça. Difere-se dos
anímicos naturais, pois eles têm sempre dúvidas e as colocam para discussões,
enquanto esse outro não.
Embora tenha duvidas cruéis, não quer dar o braço a torcer,
não quer expor seus tristes dramas de consciência. Quando lhe falam sobre esse
assunto, por simples defesa, diz que com ele essas coisas não acontecem e que suas entidades são de altíssima
relevância no movimento em que atuam. Diz que suas entidades acham-no grande,
perfeito, melhor que seus outros irmãos, ao ponto de afirmar que ele mudaria os
padrões sociais e morais da Humanidade...
Como podem observar esses médiuns tornam-se vaidosos,
egoístas e orgulhosos, como forma de defesa psíquica. Mas seus travesseiros,
testemunhas mudas, ouvem muitas e atrozes dores e decepções. Muitos deles
caminham para as doenças mentais, para as atitudes estranhas e insólitas, para
os tóxicos e o alcoolismo.
Muitos anímicos viciosos abrem por orgulho ou vaidade, seu
terreiro, e, como não têm supervisão superior, supervisionam-nos os mais
deletérios espíritos do submundo astral. Ativam-lhe, exacerbam seus mentais,
decuplicando o animismo vicioso e fazendo-os cometer verdadeiros crimes.
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